SAJ: Faculdade desliga aluna acusada de injúria racial contra colega do curso de Direito
Daiane Venâncio (à esquerda) e Kallyana Bar -
O desligamento da servidora municipal aconteceu em junho, um mês após a segunda denúncia feita pela estudante por agressões raciais, conforme consta no documento judicial.
A informação foi confirmada pela própria universidade, por meio de nota oficial. No comunicado, a empresa diz que repudia “qualquer forma de racismo e preconceito, e ressalta que as ações individuais não refletem os valores institucionais”.
“A instituição esclarece que acolheu a estudante imediatamente e, após apuração dos fatos, aplicou as medidas cabíveis resultando no desligamento da outra aluna envolvida, que ocorreu no mês de junho”, diz um trecho do comunicado.
Por fim, a faculdade ainda completou mencionando os seus valores e compromissos com os discentes. “A Faculdade Anhanguera reforça que pauta suas ações na promoção de um ambiente seguro, inclusivo e livre de qualquer tipo de discriminação”.
Em contrapartida, no documento judicial, a vítima diz que havia denunciado o caso à direção da faculdade, contudo, não obteve sucesso. Segundo os relatos feitos por ela, a academia teve uma “postura omissa” e “inerte” sobre a situação.
Entenda o caso
“Feio”, “ridículo”, foram essas palavras ditas a Daiane Venâncio Bittencourt, de 39 anos, em referência ao seu cabelo black, em duas diferentes ocasiões, nas dependências da faculdade.
As ofensas raciais contra a vítima foram cometidas por Kallyana Borges Passos, uma servidora pública municipal, e colega de turma da jovem, ambas estudantes de Direito. Na ocasião, a aluna intensificou as agressões, afirmando que o cabelo da mulher era "muito espaçoso" e que isso a incomodava em sala de aula.
As injúrias, por sua vez, não se limitaram apenas ao dia 16 de abril, data em que aconteceu o primeiro caso. A situação se repetiu no dia 14 do mês seguinte. Desta vez, Kallyana Passos criticou a estética de Daiane e proferiu um novo ataque étnico-racial, chegando a ameaçar a mulher.
Entenda o caso
“Feio”, “ridículo”, foram essas palavras ditas a Daiane Venâncio Bittencourt, de 39 anos, em referência ao seu cabelo black, em duas diferentes ocasiões, nas dependências da faculdade.
As ofensas raciais contra a vítima foram cometidas por Kallyana Borges Passos, uma servidora pública municipal, e colega de turma da jovem, ambas estudantes de Direito. Na ocasião, a aluna intensificou as agressões, afirmando que o cabelo da mulher era "muito espaçoso" e que isso a incomodava em sala de aula.
As injúrias, por sua vez, não se limitaram apenas ao dia 16 de abril, data em que aconteceu o primeiro caso. A situação se repetiu no dia 14 do mês seguinte. Desta vez, Kallyana Passos criticou a estética de Daiane e proferiu um novo ataque étnico-racial, chegando a ameaçar a mulher
“Quer saber? Você é feia, seu cabelo é feio, não gosto do seu cabelo. Minha opinião. [...]. Ela irá se arrepender, pois se ela quer problema, ela terá problema”, disse a servidora, em voz alta, durante uma palestra sobre combate às discriminações raciais na universidade.4
As acusações: injúria e ameaça
Na denúncia, a vítima diz que deseja que sejam investigadas as seguintes infrações:
- injúria racial majorada;
- difamação;
- ameaça.
Além disso, ela também solicita medidas protetivas contra a servidora e colega de classe, Kayllana Passos, como distanciamento mínimo da agressora e proibição de contato
*A Tarde
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